A construção da jurisdição régia nas vilas de Soure e de Pombal no contexto de dissolução da Ordem do Templo. 1308-1319.

Autores

  • Fabiano Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.24858/336

Resumo

Este texto procura entender a forma como poderes, de diferentes escalas, entrelaçaram-se em uma região específica dentro de uma época de crescimento demográfico e econômico. A construção da jurisdição régia deve ser entendida como um processo de interação e de múltiplas negociações e não como um simples processo de imposição sobre os poderes locais. Logo, a documentação administrativa régia é também uma forma de monumentalização da memória. A documentação real produz, na perspectiva deste texto, certo ilusionismo, uma vez que condiciona o ponto de vista dos leitores e dos ouvintes com um discurso triunfalista implícito.

Palavras-Chave: Portugal Medieval; Ordem de Cristo; Poder Concelhio.

Biografia do Autor

Fabiano Fernandes

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996), Mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (1999) e Doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005). Atualmente é Professor Adjunto de História Medieval da Unifesp, Campus Guarulhos, atuando principalmente nos seguintes temas: Ordens Militares, Poder e Sociedade na Idade Média Portuguesa, Poder Real nos reinos de França e Inglaterra nos séculos XIV e XV. É parecerista ad hoc FAPESP desde 2009. Professor credenciado do PPGH-UNIFESP desde 2013. Orientador pontual no PPGH-UnB. Membro da Rede Luso-Brasileira de Estudos Medievais

Referências

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Publicado

2019-08-11

Como Citar

Fernandes, F. (2019). A construção da jurisdição régia nas vilas de Soure e de Pombal no contexto de dissolução da Ordem do Templo. 1308-1319. Revista Diálogos Mediterrânicos, (16), 250–274. https://doi.org/10.24858/336