El Victorial um relato de mobilidades: os cavaleiros e corsários Pero Niño e Gutierre Diez de Games (1378-1453).
DOI:
https://doi.org/10.24858/387Palavras-chave:
História sócio-política, Nova História Política, Biografia históricaResumo
O Victorial projeta a atuação de Pero Niño simultaneamente à do autor da obra e seu companheiro de armas, Gutierre Diez de Games e partimos em sua abordagem das discussões sobre a natureza biográfica da obra. Ao analisarmos este instrumento ideológico fizemos recurso a dados contextuais e documentais que colocassem em perspectiva o real destaque deste protagonista aplicando para tanto, concepções da Nova História Política. No que se refere à trajetória de deslocações do jovem no combate ao corso e aos inimigos de Castela em meio à Guerra dos Cem Anos aplicamos uma reinterpretação destes eventos a partir de um perfil de nobreza regenerada de Quintanilla Raso e Salvador de Moxó. Tal como na análise da dinâmica de ascensão sócio-política promovida por Pero Niño, amparada nas vinculações que estabelece com facções de resistentes portugueses castristas no reino castelhano. Assim, entendemos que as mobilidades geográficas e o distanciamento da Corte a que se submete lhe permitia escapar da concorrência nobiliárquica que rondava os primeiros reis Trastâmara e seria a via de mobilidade social encontrada por este nobre. A fim de retira-lo da falsa condição de excepcionalidade proposta pelo discurso de sua crônica trazemos igualmente, alguns paralelos com outros nobres. Uma história singular que reverberaria positivamente no futuro de seus descendentes propondo a integração do particular com o passado de um reino.
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