A hagiografia de Martinho de Soure e a fronteira de Coimbra na primeira metade do século XII: guerra, fé e memória

Autores

  • Fabiano Fernandes UNiFESP

DOI:

https://doi.org/10.24858/105

Palavras-chave:

Portugal medieval, Igreja e Poder, Religiosidades

Resumo

A vida de Martinho de Soure escrita por Salvado entre 1147 e 1150 representou uma tentativa de remodelação da memória eclesiástica do entorno de Coimbra. Mais do que estabelecer um culto formal a um santo ou ressaltar suas virtudes após seu desenlace, a vida de Martinho de Soure preocupa-se em clarificar pelo exemplum a vida santificada pela qual clérigos e leigos deveriam nortear sua conduta. O texto está marcado por proposições normalizadoras e por zonas de silêncio que só podem ser compreendidas no contexto concreto de sua elaboração e provável disseminação. Aqui o gênero dito hagiográfico declina seu lugar em favor das marcas indeléveis que os homens da época deixaram em um texto escrito.

Biografia do Autor

Fabiano Fernandes, UNiFESP

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996), Mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (1999) e Doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005). Atualmente é Professor Adjunto de História Medieval da Unifesp, Campus Guarulhos, atuando principalmente nos seguintes temas: Ordens Militares, Poder e Sociedade na Idade Média Portuguesa, Poder Real nos reinos de França e Inglaterra nos séculos XIV e XV. É parecerista ad hoc FAPESP desde 2009. Professor credenciado do PPGH-UNIFESP desde 2013. Orientador pontual no PPGH-UnB. Membro da Rede Luso-Brasileira de Estudos Medievais

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Publicado

2014-07-07

Como Citar

Fernandes, F. (2014). A hagiografia de Martinho de Soure e a fronteira de Coimbra na primeira metade do século XII: guerra, fé e memória. Revista Diálogos Mediterrânicos, (6), 113–131. https://doi.org/10.24858/105