Fenômenos climáticos endógenos nas intertextualidades das crônicas do Atlântico Norte (séculos VII – XII)

Autores

  • Kauê Junior Neckel UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

As crônicas do Atlântico Norte documentaram fenômenos climáticos como ciclones, inundações, chuvas e secas, refletindo a preocupação dos cronistas medievais com a interação entre comunidades e o meio ambiente. Investigamos essas descrições sob a ótica da intertextualidade em perspectiva conectada. Exploramos os padrões textuais entre seis crônicas: Crônica da Irlanda (c. 740 – 911), Anais de Gales (c. 447 – 955), Crônica Anglo-Saxônica (c. 890 – 1154), Anais Reais Francos (c. 741 – 829), Anais de St. Bertin (c. 830 – 882) e Anais do Ulster (c. 911 – 1489). Utilizamos a Oscilação do Atlântico Norte (NAO) como modelo para identificar variabilidades climáticas. Nossa análise revela períodos de fenômenos climáticos extremos perceptíveis nas crônicas, sugerindo fases positivas e negativas da NAO entre os séculos VIII e XII. Concluímos que é possível adaptar o modelo moderno da NAO para os registros dos cronistas medievais com vistas a desafiar a noção tradicional de um “período medieval quente” entre c. 900 e 1300 anterior à uma “pequena idade do gelo” entre c. 1300 e 1800.

 

Biografia do Autor

Kauê Junior Neckel, UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professor de História no IFSC - Instituto Federal de Santa Catarina (campus Chapecó)

Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS - Universidade Federal da Fronteira Sul.

Downloads

Publicado

2025-04-12

Como Citar

Junior Neckel, K. (2025). Fenômenos climáticos endógenos nas intertextualidades das crônicas do Atlântico Norte (séculos VII – XII). Revista Diálogos Mediterrânicos, (27), 36–57. Recuperado de https://dialogosmediterranicos.com.br/RevistaDM/article/view/490

Edição

Seção

Dossiê "Sociedades conectadas e intertextualidades na Antiguidade e no Medievo"