O pensamento Leonardo da Vinci
DOI:
https://doi.org/10.24858/320Schlagworte:
Leonardo da Vinci, linguagem, filosofia.Abstract
Em Seis propostas para o próximo milênio, Italo Calvino, precisamente na conferência dedicada à "exatidão", escreve: “O justo emprego da linguagem é, para mim, aquele que permite o aproximar-se das coisas (presentes ou ausentes) com discrição, atenção e cautela, respeitando o que as coisas (presentes ou ausentes) comunicam sem o recurso das palavras.” Calvino discute a dificuldade de se encontrar a palavra exata, e jamais há uma adequação absoluta entre o escrito e o não-escrito, visto que a densidade do mundo que nos rodeia impede que a linguagem consiga dar conta da totalidade, mostrando-se sempre lacunar, fragmentária. E qual seria o paradigma desse duelo com a língua, nessa perseguição de algo que escapa à expressão? Leonardo da Vinci! O pensamento Leonardo da Vinci não busca uma unidade, vê poesia na pintura e lê pintura na poesia. Ou seja, mais uma vez, o aspecto sensível das coisas, ou como havia escrito num de seus cadernos: “Todo nosso conhecimento nasce dos sentidos.” Tal observação não deixará de ser percebida por Paul Valéry, quando pensa o método de da Vinci: “Leonardo é um pintor: afirmo que tem a pintura por filosofia”, e também por outros teóricos.
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