A hagiografia de Martinho de Soure e a fronteira de Coimbra na primeira metade do século XII: guerra, fé e memória
DOI:
https://doi.org/10.24858/105Palabras clave:
Portugal medieval, Igreja e Poder, ReligiosidadesResumen
A vida de Martinho de Soure escrita por Salvado entre 1147 e 1150 representou uma tentativa de remodelação da memória eclesiástica do entorno de Coimbra. Mais do que estabelecer um culto formal a um santo ou ressaltar suas virtudes após seu desenlace, a vida de Martinho de Soure preocupa-se em clarificar pelo exemplum a vida santificada pela qual clérigos e leigos deveriam nortear sua conduta. O texto está marcado por proposições normalizadoras e por zonas de silêncio que só podem ser compreendidas no contexto concreto de sua elaboração e provável disseminação. Aqui o gênero dito hagiográfico declina seu lugar em favor das marcas indeléveis que os homens da época deixaram em um texto escrito.
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