Um intelectual perto do fim: as agruras da resistência de Pasolini

Auteurs-es

  • Vinícius Honesko Universidade Federal do Paraná

DOI :

https://doi.org/10.24858/185

Mots-clés :

Pasolini, poder, intelectual, resistência, Petróleo, desespero.

Résumé

O presente ensaio apresenta uma leitura de como o Pier Paolo Pasolini pensava a  figura do intelectual. Pretende apontar como, nos últimos anos de vida, o poeta e cineasta italiano vivia um paradoxo diante do que denominava a anarquia do poder. Aponta como Pasolini, em situação de desespero existencial total, procurava um meio de exercer a função de intelectual, qual seja, destotalizar. Também apresenta como as últimas obras – sobretudo Petrolio e, de maneira mais indireta, Salò – estão intimamente implicadas nesse movimento destotalizante proposto por Pasolini. Por fim, divergindo de uma parte considerável da crítica, intenta mostrar como Pasolini, mesmo em desespero, não se deixa deprimir por um furor melancólico (que lhe impediria qualquer resistência) e, apesar de tudo, ainda se expõe na sua função de intelectual.

Biographie de l'auteur-e

Vinícius Honesko, Universidade Federal do Paraná

Professor adjunto do Departamento de História da Universidade Federal do Paraná

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Publié-e

2016-01-08

Comment citer

Honesko, V. (2016). Um intelectual perto do fim: as agruras da resistência de Pasolini. Revista Diálogos Mediterrânicos, (9), 53–65. https://doi.org/10.24858/185