Loci Sepulcrales, lugares de memória: os panteões régios ibéricos na Europa tardo-medieval
Resumo
Este artigo propõe analisar os panteões régios ibéricos no contexto europeu tardo-medieval, destacando sua função enquanto lugares de memória e instrumentos de legitimação política. Com enfoque comparativo, o estudo aborda espaços funerários como o Mosteiro da Batalha (Portugal) e a Catedral de Toledo (Castela), relacionando-os a modelos europeus como a Abadia de Westminster (Inglaterra) e a Basílica de Saint-Denis (França). A pesquisa investiga a formação de redes culturais e simbólicas entre essas monarquias, evidenciando trocas de práticas, estilos arquitetônicos e representações dinásticas. O estudo fundamenta-se em uma metodologia historiográfica comparada, e recorre a fontes diversas, como crônicas, testamentos reais e registros litúrgicos. Problematiza-se a utilização dos mausoléus como ferramentas de propaganda e como expressões de uma cultura memorial compartilhada, mas adaptada às especificidades locais. O objetivo central é compreender como os panteões régios articularam o sagrado e o político, consolidando a identidade dinástica e reforçando a legitimidade monárquica. Ao dialogar com a História Comparada e as sociedades conectadas, o artigo busca inserir a experiência ibérica em redes de interconexão europeia, contribuindo para os debates sobre a construção de memórias e poderes no Medievo.
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