As transformações na sociedade política e nas monarquias medievais e seus efeitos na mobilidade de facções nobiliárquicas entre Portugal e Castela
DOI:
https://doi.org/10.24858/109Schlagworte:
Exílios tardomedievais, Regeneração nobiliárquica tardomedieval, Monarquia tardo medieval portuguesa.Abstract
Este estudo propõe-se analisar as relações políticas na sociedade ibérica medieval no nível das elites definidas a partir das vinculações de natureza linhagística e vassálica, uma rede sócio-política cuja estrutura é constituinte da sociedade política medieval. Esta teia de acordos e vínculos interpessoais interferia e por vezes mesmo definia as políticas régias e marcava um perfil de ação nobre marcado pela extraterritorialidad de que nos fala Salvador de Moxó, principalmente nos vários contextos de guerra que se desenrolam na Península Ibérica tardo-medieval, palco de nossos estudos. A crise dinástica de Borgonha e ascensão de Avis em Portugal são vistos pela historiografia como um momento-chave de recomposição destas estruturas tanto em Portugal como em Castela, no entanto, preconiza-se a ampliação desta análise a outros vetores geo-políticos que envolvam a participação portuguesa na Guerra dos Cem Anos, assim como a importância dos processos de regeneração nobiliárquica e centralização régia nestas movimentações. Elementos que ampliam a tradicional abordagem limitada ao eixo Avis/Trastâmara e buscam promover uma problematização mais estrutural dos exílios que permeiam este cenário a fim de extrair-se um perfil deste movimento, além das verdadeiras motivações de ida e retorno destes nobres entre os reinos. Assim, a mobilidade destes grupos caracteriza em boa parte este contexto de crise e transformação, além de promover uma verdadeira atualização dos perfis de atuação nobiliárquicos do grupo em si e frente à monarquia nestes séculos finais da medievalidade.
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